Vistoria, um processo!
A avaliação de um imóvel é
suportada por vários pilares e um deles, muito importante, é o processo de vistoria.
Dizemos propositadamente que é um processo porque encerra um conjunto de fases
que têm de ser distribuídas ao longo do tempo: antes da vistoria ao imóvel,
durante a vistoria ao imóvel e pós vistoria ao imóvel.
A partir do momento que o nosso
cliente nos adjudica a avaliação, começa o trabalho preparatório da vistoria.
Verificamos todos os documentos que temos em nossa posse, solicitamos ao
cliente documentos que possam estar em falta e que auxiliem a vistoria e também
fazemos o nosso plano de trabalho.
Após o estudo dos documentos
existentes e a marcação da data de vistoria deveremos ainda, com o conjunto de
ferramentas que tivermos ao nosso dispor, começar a perceber se existe, desde
logo, alguma informação disponível sobre a envolvente do imóvel, e que possa
ter impacto no valor. A título de exemplo, saber se já existe alguma informação
sobre fontes de poluição na envolvente, no presente ou no passado, quais as acessibilidades
ou quais as infraestruturas e serviços públicos existentes. Este estudo depende
muito do tipo de imóvel objeto de avaliação.
Antes de sairmos do nosso
escritório temos que verificar se temos todas as nossas ferramentas de trabalho
connosco, não esquecendo dos aparelhos de medida, máquina fotográfica ou dos
equipamentos de segurança. É absolutamente necessário que o avaliador possua
sempre consigo, no momento da avaliação, o seu “kit” de equipamento de
segurança.
A vistoria ao imóvel contempla
duas etapas: a envolvente do imóvel e o próprio imóvel.
Na envolvente do imóvel
verificaremos aspetos como acessibilidades, serviços disponíveis,
infraestruturas, existência de eventuais focos de poluição ou contaminações, enfim,
tudo quanto possa classificar a envolvente e explicar as suas mais ou menos
valias.
Chegados ao imóvel que queremos
vistoriar, depois de colocarmos os nossos equipamentos de segurança (caso se
justifique) ou os equipamentos de segurança exigidos pelo nosso cliente, começa
a vistoria propriamente dita, feita na companhia do nosso cliente ou de um seu
representante.
É importante que exista um guião
para a vistoria, onde são focados os aspetos relacionados com o uso do imóvel,
com as suas características construtivas, com as medições, com o estado de
conservação, confrontação entre os elementos fornecidos e o que verificamos no
local, …, tudo o que considerarmos relevante. Não nos podemos esquecer, na
nossa “chek-list”, dos aspetos ambientais, da instabilidade ou não dos solos,
de problemas de contaminações e dos de fatores de sustentabilidade, que são
muito importantes.
Todos os locais do imóvel em
avaliação devem ser vistoriados, nomeadamente aqueles que a nossa experiência
nos diz em que mais frequentemente existem patologias. Reforçamos novamente,
não esquecer o exterior e a verificação da existência eventuais fontes de
contaminação ou quaisquer outros elementos naturais ou não naturais. A
reportagem fotográfica também é muito importante.
Finalizada a vistoria, é a hora
do regresso ao escritório e da compilação de todos os elementos recolhidos. É
muito importante que esta compilação ocorra muito perto da data/hora da
vistoria. Desta forma, a nossa memória não nos atraiçoa, apesar dos registos
feitos, e recordamos melhor todos os elementos importantes.
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