As estatísticas do INE sobre a avaliação bancária.


Temos referido várias vezes estatísticas sobre avaliação bancária emitida pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) pelo que se torna importante esclarecer como ela é obtida e tratada.

Uma informação detalhada está expressa no documento metodológico n.º 156 do INE (http://smi.ine.pt).

Assumimos aqui a transcrição de algumas passagens do documento, que achamos importantes:

"Apurar indicadores avançados dos preços da habitação. Os valores recolhidos no âmbito deste inquérito denunciam a intenção de aquisição de habitação, sendo contudo, anteriores à transação efetiva.

...

A informação para este estudo estatístico é fornecida por um conjunto de instituições de credito a operar em Portugal, consideradas como mais representativas, no mercado de concessão de credito a habitação. Verifica-se um aproveitamento para fins estatísticos, de informação administrativa recolhida, sobre os alojamentos avaliados por aquelas instituições, nos processos de concessão de credito.

A informação recebida e utilizada para o cálculo de indicadores elementares do valor médio de avaliação de imóveis com determinada tipologia, no período t, na unidade territorial i, através da seguinte fórmula de cálculo:

sendo:

Ytij : o valor da avaliação efetuada ao imóvel j com determinada tipologia, no período t, na unidade territorial i;
Atij : a correspondente área útil do imóvel j com determinada tipologia, no período t, na unidade territorial i;
n: o numero de avaliações sobre imóveis com determinada tipologia, no período t, na unidade territorial i;

...

Designação: ÁREA ÚTIL DO FOGO
Definição: Valor correspondente à superfície do fogo (incluindo vestíbulos, circulações interiores, instalações sanitárias, arrumos, outros compartimentos de função similar e armários nas paredes) medido pelo perímetro interior das paredes que o limitam, descontando encalços até 30 cm, paredes interiores, divisórias e condutas."

3 comentários:

  1. Caro João Fonseca

    parabéns pelo trabalho. Oportuno e pedagógico como sempre.

    José Luis Castro

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  2. Caro João Fonseca,
    Não estou certo de ter interiorizado a adequação da utilização da média geométrica neste modelo em detrimento da média aritmética. As diferenças podem ser muito significativas entre elas especialmente nos casos de amostra com grande dispersão de resultados.
    Caso tenha ideias consolidadas sobre o assunto e não se importe de partilhar,agradeço a partilha.

    Cumprimentos,
    Frederico Mondril

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    1. Frederico,
      Obrigado pelo seu comentário.
      Honestamente, não me debrucei ainda sobre o esta problemática. De facto, limitei-me a reproduzir a forma como o INE trata a estatística que recorrentemente refiro.
      A sua questão é pertinente e irei olhar para ela mais atentamente

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