Método de Mandelblatt para estimativa do valor de imóveis urbanos
O artigo de hoje recorre, mais uma vez, à literatura
brasileira sobre avaliação de imóveis. O Brasil, que é um país que produz
muitos artigos e normas relacionados com este tema, é também muito exigente
quanto à qualificação aos seus profissionais, a classe de avaliador de imóveis.
Frequentemente surgem autores com alguns métodos expeditos
de avaliação que não são, no entanto, isentos de alguma polémica. Referimo-nos,
por exemplo, ao método que partilhamos no nosso artigo “Avaliação
de um Motel!”, que suscitou algumas dúvidas.
Regressemos, entretanto, ao assunto do artigo.
O Método de Mandelblatt é um
modelo matemático utilizado para a estimativa do valor de imóveis urbanos, construído
muito à semelhança do Método Evolutivo:
Em que:
Vi- Valor do imóvel
A- Área construída equivalente do
imóvel. É comum, nos apartamentos, utilizar-se a área útil, acrescida de 15%
para paredes e, existindo garagem, a área equivalente desta (12,5 m2).
C- Custo unitário de construção,
acrescidos de uma percentagem para custos indiretos.
FC- Coeficiente entre o valor de
mercado do imóvel e o seu custo real total, incluídos custos financeiros,
impostos, taxas, lucros e outros custos, provavelmente entre 0,85 e 1,15,
tratando-se de imóveis residenciais.
D- Depreciação, obtida
diretamente na Tabela de Ross-Heidecke (Ver “Avaliação
Imobiliária e a sua relação com a Depreciação dos Edifícios”)
R- Coeficiente entre o valor do
terreno e o valor do imóvel novo (obtido, por exemplo, no Portal das Finanças,
para cada localização específica do nosso país).
É de salientar que esta
metodologia já foi utilizada pelos Tribunais Brasileiros.
(Adaptado de “Curso Básico de
Engenharia Legal e de Engenharia de Avaliações”, de Sérgio Antonio Abunahman e
de XVI COBREAP – CONGRESSO BRASILEIRO DE ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS –
IBAPE/AM – 2011)
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