Morte aos Fundos de Investimento Imobiliários!
Apesar
de termos tentado fazer chegar ao Sr. Dr. Paulo Morais o nosso artigo alertando
para as afirmações incorretas e porventura demagógicas que proferiu sobre as isenções de IMI e IMT
nos fundos de investimento imobiliário, continuou a sua saga contra estes
instrumentos. Desta vez num programa matinal da TVI. Tememos que estas
incorreções estejam também vertidas no livro que editou recentemente.
Como
se isto não bastasse chegaram as palavras do um candidato a Primeiro- Ministro
e líder do maior partido da oposição:
"Como sabem, quem é proprietário de uma casa, paga o IMI,
um imposto. Acontece que essas casas têm um valor tributável fiscal superior
àquilo que é o valor real dessas casas, porque baixaram muito",
justificou.
Perante este cenário, "quer dizer que os portugueses que
têm casas pagam um imposto sobre um valor de uma casa que não vale tanto sobre
o qual o imposto incide".
"Proponho que o Estado faça uma actualização de modo a que
o valor fiscal dessa casa baixe e os portugueses paguem menos IMI", propôs
o líder socialista.
Referiu que isso significará "que haverá menos receita para
o Estado", mas aponta que a compensação dessa receita "seja feita por
aqueles proprietários que têm casas e que não pagam IMI".
"Falo nomeadamente de fundos imobiliários e dos bancos
portugueses", concretizou.
Fonte:
Jornal SOL
Vamos
corrigir mais uma vez o que consideramos ser intoxicação da opinião pública e
desinformação.
Existem
dois tipos de fundos de investimento: abertos e fechados. Os fundos de
investimento imobiliário fechados podem ainda ser de subscrição particular ou
de subscrição pública.
Acontece
que só os fundos abertos e os fundos fechados de subscrição pública têm isenção
de IMI. Recordo ainda que os fundos fechados representam 55,5% do total das
carteiras. Seguramente, metade dos fundos de investimento imobiliário pagam
IMI!
Com
a medida anunciada também o IMI pago por estes imóveis diminui. E assim a
receita fiscal.
Recordo
aqui Também as palavras de Gonçalo Nascimento Rodrigues no seu artigo em http://out-of-the-boxthinking.blogspot.pt/2012/11/a-machadada-final-nos-fundos_5.html#.UdBkkvlwrQM,:
“Em suma, a proposta apresentada pelo líder da oposição pode
até ser muito "nobre", fazer sentido num discurso mais populista. No
entanto, na prática irá criar enormes constrangimentos às Sociedades Gestoras,
aos seus donos (leia-se, os Bancos), à liquidez dos Fundos e, mais que tudo,
aos participantes dos Fundos que são os pequenos aforradores Portugueses. Não
são os grandes investidores, esses há muito que perderam quaisquer benefícios.”
Durante
muitos anos os FII abertos foram objeto de investimento de pequenos aforradores,
que os viram como boas alternativas aos tradicionais depósitos a prazo.
O
que vai António José Seguro fazer quando começar a corrida aos resgates dos FII
os bancos, que não os vão conseguir pagar, ficando suspensos?
O
que vai António José Seguro fazer quando as poupanças de muitos portugueses
ficarem cativas e estes não puderem ter dinheiro para pagar as suas
necessidades básicas?
Esperemos
que as palavras de ontem as leve o vento! Ou, como pede Medina Carreira, que este
país seja governado por uma “dona de casa”, seja na versão feminina ou seja na
versão masculina!
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