Uma sugestão ingénua para a reabilitação urbana
A problemática da reabilitação dos centros urbanos está na ordem do dia e também nós não queremos deixar de contribuir para a sua resolução. Daí apresentarmos esta sugestão, eventualmente um pouco ingénua.
É do conhecimento geral que a banca não empresta dinheiro a particulares para a reabilitação, ou, fazendo-o, é com “spreads” impossíveis. De facto, a reabilitação está direcionada para os núcleos históricos das grandes cidades e para investidores institucionais, FII e SIIMO.
No entanto, há investidores particulares que sabem que o dinheiro no banco não rende ou rende muito pouco e que também começam a ter receio de ter o dinheiro no banco (exemplo de Chipre e das novas diretrizes para o resgate dos estado.
Em paralelo com esta realidade temos um parque habitacional degradado, com os proprietários sem o capital necessário para procederem às necessárias obras de reabilitação.
Podemos aproximar estas pessoas? Achamos que sim.
Porque não criar condições para que aqueles investidores emprestem dinheiro para a reabilitação, coloquem o imóvel no mercado de arrendamento, recebam o dinheiro das rendas enquanto contrapartidas pelo investimento realizado e, terminado o investimento, os imóveis regressem aos proprietários?
E quem pode disciplinar esta relação? As Câmaras Municipais.
Colocarão ao serviço dos munícipes proprietários, porventura a parte mais frágil, assessoria jurídica e técnica e poderão, ainda, fazer as obras de reabilitação. Podem ter uma ação decisiva no estabelecimento de preços de reabilitação coerentes, facilitando o aparecimento de rendas baixas, para atraírem inquilinos, mas suficientemente sedutoras para os investidores.
Porque não começarem com a criação de uma bolsa de potenciais investidores e de potenciais imóveis para reabilitação?
Se isto correr bem temos rendas mais baixas, mais gente, mais comércio e mais serviços nos centros das cidades.
Estarão os potenciais investidores dispostos a ir para a frente com ela?
ResponderEliminarPenso que seria de lhe dar mais visibilidade/exposição.
É preciso, de facto, fazer mais pelo nosso país, mas é difícil com o clima de mais austeridade que se vislumbra...
No entanto, baixar os braços é que não e estas propostas são sempre bem vindas. Parabéns, é uma ideia excepcional.