Campos de futebol…
Nas nossas deslocações semanais de trabalho a Lisboa privilegiamos
a passagem pela A29/A17/A8.
Na zona de Aveiro deparamo-nos com um estádio de futebol que
não é ocupado por eventos desportivos. Na página de apresentação, na internet, está
demonstrada a sua verdadeira vocação: congressos e conferências, reuniões
empresariais, exposições e “workshops” e, também, casamentos e batizados!
Tanto quanto julgamos saber, pertence a uma empresa
municipal.
Como será avaliado, nas contas da empresa?
Em nossa opinião, como é um ativo especializado e raramente
transacionado (não temos memória de transações de estádios de futebol), a
abordagem deve seguir o Deprediated Replacement Cost (método do custo de
substituição depreciado).
Terá de ser estimado o custo de construção de um estádio de
futebol atual, equivalente ao existente, adicionado ao custo de aquisição de um terreno com as mesmas
características, em termos de valorização.
O custo de construção deverá ser depreciado, por exemplo
aplicando a metodologia de Ross-Heidecke (http://avaliarpatrimonio.blogspot.pt/2011/10/depreciacao-de-bens-imoveis.html).
A questão que poderá ser polémica é o conceito de “estádio
de futebol equivalente”. É que este campo foi construído para que o clube da
cidade (Beira-Mar) lá jogasse, na primeira divisão. Assim justificava-se a existência
um com trinta mil utentes.
Só que o Beira-Mar (infelizmente, porque é um clube
histórico) foi relegado para os campeonatos distritais. Assim sendo, não se
justifica um estádio com trinta mil utentes, e também não temos memória, em
Portugal, de um casamento com trinta mil convidados.
Cinco mil lugares já chegarão (aliás, o clube já nem joga
lá!).
O custo do “estádio de futebol equivalente” é
substancialmente mais baixo.
E assim está desvalorizada a peça!
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