Deloitte
A escrita do artigo de hoje recorda-nos um outro artigo,
designado “Cordeiros
com pele de lobo…”, publicado já há mais de quatro anos.
De facto, temos muitas vezes a sensação de um espirito
predador das grandes empresas que não se verifica na prática, que publicam
muita informação que ajuda a comunidade.
A grande empresa que referimos hoje é a Deloitte, a
propósito da sua publicação “Property Index, Overview of European Residential,
que pode ser obtida [aqui].
A publicação é um estudo comparativo sobre mercados
residenciais em toda a Europa, analisando também quais os fatores que
influenciam o seu desenvolvimento, comparando os preços dos imóveis
residenciais em alguns países (reportados ao ano de 2016).
Vamos-nos reter em alguns pormenores sobre o mercado
português:
- Dos países estudados, Portugal é o que apresenta preços de
habitação nova mais baratos;
- A percentagem de famílias que vivia em casas arrendadas é de
14,2%. Na Alemanha são 54,3%! É curioso verificar que os países que têm um
índice menor foram os que enfrentaram maiores dificuldades durante os anos da
crise.
- A renda mensal por m2 no Algarve era de 4,2, em Lisboa de
10,6 e no Porto de 6,8. As yields brutas eram de 3,3%, 4,6% e 5,8%,
respetivamente.
- Portugal regista o menor número de habitações iniciadas e
concluídas por cada mil cidadãos.
- Curiosamente, Portugal regista o maior “stock” de
habitações por cada mil cidadãos.
- A comparação dos preços de transação de Lisboa, Porto e
Algarve relativamente à média de país (100%) foi de 241%, 132% e 142%,
respetivamente.
O estudo finaliza com considerações sobre o mercado
residencial de cada país, salientando os efeitos na procura, no Porto e em
Lisboa, do programa Golden Visa, do regime de imposto para residentes não
habituais e do Alojamento Local.
Como curiosidade final, o centro de Londres revelou-se como
a zona mais cara, com preços a atingir os 16.538 €/m2. No entanto, devido aos
movimentos cambiais, o preço da habitação diminuiu.
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