Avaliação de máquinas e equipamentos
As técnicas de avaliação de máquinas e equipamentos são comuns às técnicas de avaliação de qualquer outro ativo.
A primeira de todas, transversal a qualquer avaliação, é o método comparativo de mercado. De facto, devemos auscultar o mercado por ativos equivalentes ao que estamos a avaliar e depois fazer a respetiva homogeneização.
É um método muito eficaz em equipamentos com grande liquidez no mercado.
Referimo-nos, por exemplo, a máquinas industriais como empilhadores ou retroescavadoras ou ainda a veículos pesados de transporte de mercadorias.
Acontece, no entanto, que muitas máquinas são específicas e raramente transacionáveis, sem mercado de compra e venda, como é o caso de um fragmentador de metais ou uma linha de extrusão.
Não sendo possível a estimativa pelo método comparativo de mercado, porque não existe um mercado líquido de transações para o ativo e se não for possível apurar o valor económico da máquina, o equivalente ao “método do custo” é aconselhável.
São exemplos destas técnicas o Método da Depreciação Não Linear, o Método de Cole, a Fórmula de Matheson, o Método de Jans-Heidecke e o Método do Eng. Hélio Caires.
A IVS 300 recomenda o método do custo para “plant and equipment particularly in the case of individual assets that are specialised. This is done by calculating the depreciated replacement cost of the asset. The cost to a market participant of replacing the subject asset is estimated. The replacement cost is the cost of obtaining an alternative asset of equivalent utility; this can either be a modern equivalent providing the same functionality or the cost of reproducing an exact replica of the subject asset. The latter is only appropriate where the cost of a replica would be less than the cost of a modern equivalent or where the utility offered by the subject asset could only be provided by a replica rather than a modern equivalent.”
De todas estas metodologias, a que efetivamente tivesse como suporte a idade do ativo, o estado de conservação e o tipo de serviço, é o método de Jans-Heidecke (DESPRECIACION DE BIENES - NUEVO CONCEPTO METODO JANS PARA IMUEBLES Y MUEBLE EN GENRAL (MAQUINARAS Y EQUIPOS), por Juan Ángel Núñez Scarpellini).
Nesta metodologia é combinada a depreciação e o estado de conservação do ativo, em que o seu valor final é estabelecido pela fórmula Valor do ativo = Valor de reposição a novo – (Valor de reposição a novo- Valor residual) x K. K é o coeficiente de depreciação obtido com base na antiguidade e no estado de conservação.
O fator de depreciação atribuído à antiguidade (K1) resulta do quociente entre a antiguidade e a vida útil, elevado a um fator (1/X) que resulta das experiências práticas levadas a cabo por Jans.
Quanto ao fator de depreciação atribuído ao estado de conservação (K2), este resulta da aplicação da Tabela de Heidecke.
Segundo Jans, o fator K é igual a K1 + (1-K1) x K2
O valor obtido pela metodologia de Jans-Heidecke corresponde ao valor em uso da máquina.
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