Notícias do RICS, em Portugal
Costuma-se dizer que “ano novo,
vida nova”.
É um ditado popular e adequa-se na
perfeição ao RICS em Portugal.
A vida nova do RICS começou com a
nomeação, no início do ano, de uma equipa (“board”), muito renovada, presidida
por José
Covas. Juntou-se, esta semana, a nomeação de um novo “board” de Valuation
(Avaliação), liderado por Guilherme
Antunes Ferreira.
Ainda no “board” de Valuation
é de referir, com muito agrado, a nomeação (pensamos que pela primeira vez) de
um membro independente, que é Francisco Espregueira.
(Perdoem os anglicismos, mas como
o RICS tem origem no Reino Unido não podemos fugir a eles!).
Como muito bem caracteriza o PHMS
(uma publicação do RICS, com informação para o mercado
imobiliário em Portugal), “O RICS é a mais elevada qualificação, em termos mundiais, no que
diz respeito a standards profissionais relativos à gestão do território,
imobiliário e construção, …. O RICS é uma entidade reguladora, com membros
individuais e empresas, aos quais dá a possibilidade de manter os mais elevados
padrões, garantindo ao setor as bases para assegurar aos seus clientes os mais
elevados níveis de confiança.”
Naturalmente, uma nova equipa traz
novas ideias.
Duas delas, partilhadas por José Covas,
parecem-nos muito interessantes:
-Fazer crescer o RICS em Portugal
com a admissão de novos membros.
-Produzir e disponibilizar para
todos informação relevante. Claramente, a profissão de perito avaliador de imóveis é muito
beneficiada.
Tradicionalmente, a instituição
está muito associada à avaliação de imóveis, o que é muito redutor para toda a sua
atividade. O RICS é muito mais que avaliação (“Valuation”) e outros setores da
atividade imobiliária podem ser acolhidos. Lembramos, a título de exemplo, a
informação que é disponibilizada pelo RICS para a mediação imobiliária. De
facto, o RICS é uma organização transversal a toda a fileira do imobiliário. Assim sendo, vai ser feito um esforço muito grande por acolher novos membros, qualquer que seja a sua especialidade.
A disponibilização de informação começou
com a publicação do documento “Impacto do COVID-19 na avaliação imobiliária”,
de que deixamos um pequeno excerto, e que pode ser aqui
descarregado:
”O RICS está a ser aconselhado
por partes interessadas que alguns credores, investidores, instituições e
outras entidades que contratam serviços de avaliação estão a exigir
pressupostos especiais ou alguma outra alteração nas instruções de avaliação
para considerar o COVID-19.
Os avaliadores não devem
sentir-se pressionados para concordar com pressupostos irreais ou pressupostos
especiais ou reportar qualquer avaliação que será usada para ignorar os efeitos
do COVID-19, sempre que isso seria irracional. O envolvimento com as partes
interessadas durante a crise levou a alguns relatos inusitados de um
mal-entendido entre a diferença do valor de mercado de uma propriedade (VPS
4.4) e o valor de investimento (worth) para um proprietário ou ocupante
específico (VPS 4.6). Um diálogo com o cliente pode ser particularmente
importante ao estabelecer os termos de contratação com o intuito de garantir
que o objectivo da avaliação e a base de valor (VPS 1.3.2 (f) e (g)) estejam
totalmente em conformidade com as necessidades do cliente e que apenas
pressupostos razoáveis e relevantes ou pressupostos especiais são considerados
(VPS 1.3.2 (k)). Especialmente sempre que o valor de mercado é solicitado e
reportado, os avaliadores dependerão necessariamente do seu conhecimento e experiência
profissional ao definir sua abordagem e raciocínio (VPS 3.2.2 (l).”
Sem comentários: