Distribuição de custos ao longo da construção


João Fonseca | Perito Avaliador de Imóveis Certificado
Quando se está a montar um fluxo de caixa para a avaliação de uma propriedade para desenvolvimento, a distribuição dos custos ao longo da construção é uma questão sensível. O documento “Valuation of development property, 1st edition, October 2019”, do RICS, dá uma resposta a este problema:


“Two common shapes for the distribution of costs within cash flow models are:


• Straight line: This assumes that the preliminary costs are incurred near to/at the beginning of the development period and the principal development costs are incurred in equal tranches at regular and equal intervals throughout the development period.


• S-curve: The weighting of the construction costs may be incurred irregularly within a project and different property types may require a different pattern of delivery of construction costs. Rather than being distributed equally over the development period, generally the costs are quite small at the beginning of a construction project, relatively accelerate in the middle and reduce towards the end of the construction period. The purpose of an s-curve is to reflect more accurately the incidence of the costs in a particular project and may require expert advice from other construction professionals involved with the development.”


(“Duas formas comuns para a distribuição de custos nos modelos de fluxo de caixa são:


• Linha reta: Isso pressupõe que os custos preliminares são incorridos próximo/no início do período de desenvolvimento e os principais custos de desenvolvimento são incorridos em tranches iguais em intervalos regulares e iguais ao longo do período de desenvolvimento.


• S-curve: A ponderação dos custos de construção pode ocorrer de forma irregular dentro de um projeto e diferentes tipos de imóveis podem exigir um padrão diferente de entrega dos custos de construção. Em vez de serem distribuídos igualmente ao longo do período de desenvolvimento, geralmente os custos são bastante pequenos no início de um projeto de construção, aceleram relativamente no meio e reduzem no final do período de construção. O objetivo de uma S-curve é refletir com mais precisão a incidência dos custos em um projeto específico e pode exigir consultoria especializada de outros profissionais da construção envolvidos no desenvolvimento.”)


Também é uma matéria sensível para o perito avaliador de imóveis certificado a duração da construção.


Aqui, é de realçar a proposta formulada no “Avaliação Imobiliária”, ISBN 978.989.33.1449.4, de autoria de Mário Pinho de Miranda e de Rui de Sousa Camposinos. Este tema está tratado no capítulo 3. Património Imobiliário, 3.10 Prazos de Construção. Os autores explicam que o prazo de execução efetivo é o período decorrido em meses entre a data de emissão do alvará e a data de conclusão real da obra. Chegaram à conclusão de que no caso de edifícios com dois fogos ou mais, o prazo efetivo de construção, em meses, pode ser dado pela seguinte expressão:


prz = 4,7655 x ln (número de fogos do edifício) + 21,381


Vale a pena ler o capítulo porque temos lá mais formas de encontrar os prazos de execução, nomeadamente em função da área de construção por piso.


(Este livro só poderá ser comprado na Livraria de José Alves, Lda, na Rua de Avis 9, Porto, telefone 22 332 1204, que o enviará à cobrança) 



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