Área metropolitana de Lisboa
Apresentamos, no quadro seguinte, com origem na “newsletter”
imobiliária Confidencial Imobiliário, um resumo dos valores de oferta
residencial, em euros e por metro quadrado, dos concelhos da Área Metropolitana
de Lisboa, a norte do rio Tejo.
Os preços a seguir mencionados reportam-se ao quarto
trimestre de 2010 e quarto trimestre de 2011, respetivamente.
|
Estatística de oferta residencial (valor de
oferta / m2)
|
||||||||
|
Percentil 25
|
Média
|
Percentil 75
|
Percentil 25
|
Média
|
Percentil 75
|
|||
|
2010
|
2011
|
2010
|
2011
|
2010
|
2011
|
(2011 versus 2020)
|
||
Lisboa
|
2.059
|
1.915
|
2.655
|
2.533
|
3.071
|
2.959
|
-7,5%
|
-4,8%
|
-3,8%
|
Cascais
|
1.637
|
1.563
|
2.187
|
2.127
|
2.500
|
2.464
|
-4,7%
|
-2,8%
|
-1,5%
|
Oeiras
|
1.650
|
1.529
|
2.093
|
1.966
|
2.438
|
2.308
|
-7,9%
|
-6,5%
|
-5,6%
|
Amadora
|
1.321
|
1.254
|
1.654
|
1.577
|
1.929
|
1.845
|
-5,3%
|
-4,9%
|
-4,6%
|
Loures
|
1.362
|
1.261
|
1.656
|
1.559
|
1.906
|
1.802
|
-8,0%
|
-6,2%
|
-5,8%
|
Odivelas
|
1.313
|
1.211
|
1.604
|
1.510
|
1.846
|
1.777
|
-8,4%
|
-6,2%
|
-3,9%
|
Mafra
|
1.114
|
1.062
|
1.389
|
1.342
|
1.603
|
1.558
|
-4,9%
|
-3,5%
|
-2,9%
|
Sintra
|
1.095
|
1.000
|
1.401
|
1.299
|
1.536
|
1.440
|
-9,5%
|
-7,9%
|
-6,7%
|
V F. Xira
|
1.116
|
1.039
|
1.336
|
1.260
|
1.515
|
1.445
|
-7,4%
|
-6,0%
|
-4,8%
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
|
Média
|
|
-7,1%
|
-5,4%
|
-4,4%
|
|||||
Mediana
|
|
|
|
|
|
|
-7,5%
|
-6,0%
|
-4,6%
|
(Fonte: Confidencial Imobiliário)
A variação no valor da oferta é mais acentuada no produto de
menor valor. De facto, no “Percentil 25” é onde se verificam as maiores
descidas, que vão sendo menores à medida que aumenta o “Percentil”. Estas
descidas não serão imunes à crise económica que se faz sentir, nomeadamente nos
estratos mais desfavorecidos da população.
Também é nas localidades orientadas para os segmentos de
mercado baixo, médio/baixo, que se verificam as maiores descidas. Em sentido
contrário, as zonas de segmentos alto e médio alto (Lisboa) e de segmento médio
(cascais e Oiras) têm menores descidas.
Ainda não é possível incluir nesta estatística os custos
sociais e económicos das medidas de austeridade, que só se verificarão em 2012
e 2013. Presumivelmente, com o aumento significativo do índice de desemprego
muitos imóveis ficarão devolutos e serão entregues à banca.
A banca, por sua vez, fará tudo por tudo para os retirar da
sua carteira, por forma a minimizar os impactos das imparidades nos seus
balanços. Necessariamente, baixando o valor dos imóveis para os poder escoar,
substituindo-se às empresas de mediação imobiliária.
Será que daqui a um ano, quando repetirmos esta análise, as diferenças
entre os vários segmentos de mercado não serão ainda mais substanciais?
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