Estádio de futebol equivalente!
Nas nossas deslocações semanais de trabalho privilegiamos a passagem pela A29/A17/A8.
Na zona de Aveiro deparamo-nos com um estádio de futebol que praticamente não é ocupado por eventos desportivos. Na página de apresentação, na internet, está demonstrada a sua verdadeira vocação: congressos e conferências, reuniões empresariais, exposições e “workshops” e, também, casamentos e batizados!
Tanto quanto julgamos saber, pertence a uma empresa municipal.
Como será avaliado, nas contas da empresa?
Em nossa opinião, como é um ativo especializado e raramente transacionado (não temos memória de transações de estádios de futebol), a abordagem deve seguir o método do custo de substituição depreciado.
Terá de ser estimado o custo de construção de um estádio de futebol atual, equivalente ao existente, adicionado ao custo de aquisição de um terreno com as mesmas características, em termos de valorização.
O custo de construção deverá ser depreciado, por exemplo aplicando a metodologia de Ross-Heidecke:
A questão que poderá ser polémica é o conceito de “estádio de futebol equivalente”. É que este campo foi construído para que o clube da cidade (Beira-Mar) lá jogasse, na primeira divisão. Assim justificava-se a existência um com trinta mil utentes.
Só que o Beira-Mar (infelizmente, porque é um clube histórico) foi relegado para divisões inferiores. Assim sendo, não se justifica um estádio com trinta mil utentes, e também não temos memória, em Portugal, de um casamento com trinta mil convidados.
Cinco mil lugares já chegarão (aliás, o clube ainda não joga lá!).
O custo do “estádio de futebol equivalente” é substancialmente mais baixo.
E assim está desvalorizada a peça!
Sem comentários: