Valor para seguro
O tema sobre o qual escrevemos já
foi abordado numa outra vertente, no nosso blogue, com a revogação do Decreto-lei
329-A/2000, assinalando as dificuldades que daí adviriam para a determinação
e fixação do capital a garantir no âmbito de vários contratos de seguros,
nomeadamente no contrato de seguros de multirriscos de habitação.
Com base no Decreto-Lei
329-A/2000, de 22 de dezembro, o Governo fixava todos os anos, no mês de
outubro, para vigorar no ano seguinte, os preços de construção de habitação por
metro quadrado.
Nós não concordávamos, mas o país
era ainda dividido em três zonas e a cada uma delas correspondia um preço de
construção por m2. Não interessava a qualidade da construção, mas as
companhias de seguro, para efeitos de indemnização aplicavam a tabela!
Mas o que nos interessa no artigo
de hoje é divulgar o capítulo que as Normas Europeias de Avaliação – EVS 2016
(as EVS 2020 estão a chegar, será que vão ser apresentadas no Congresso da TEGoVA, a realizar em 8 de
Novembro – evento a não faltar, não é só para avaliadores) dedicam a este
assunto, com uma descrição muito pormenorizada de todos os conceitos, como por
exemplo, os conceitos de “valor para seguro” e “danos” e como deve ser estimado
o respetivo valor.
Método da Parábola de Kuentzle |
Não queremos ser exaustivos e só
referiremos as metodologias de avaliação.
A abordagem pelo custo é
utilizada para avaliar o Custo de
Substituição a Novo e o Custo de Reposição
Depreciado. Duas questões muito importantes:
-Os terrenos onde se localizam os
edifícios não necessitam de ser avaliados, a não ser que estejam sujeitos a um
risco coberto pela apólice de seguro;
-Quando se determina (a palavra
não é nossa, confessamos que gostamos mais de “estima”) o Custo de Reposição Depreciado só deverá ser dado o desconto para a
reposição derivada da deterioração física, mas não para a obsolescência
funcional ou económica.
Fica aqui claro que a depreciação
por Ross-Heidecke
não deve ser utilizada, pois esta técnica combina idade e estado de conservação.
Será que o Método
da Parábola de Kuentzle é indicado?
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