A prospeção
Nos relatórios de avaliação, uma
das fases do trabalho desenvolvido pelo perito
avaliador de imóveis consiste na prospeção de imóveis na envolvente do
imóvel a avaliar e, por via de este trabalho de investigação, caracterizar o
mercado imobiliário.
A prospeção
consiste em verificar na envolvente de um determinado ativo imobiliário outros
ativos que possam ser comparados com o ativo em avaliação. Por exemplo, se
estivermos a avaliar um apartamento poderemos procurar na sua envolvente valores
de venda e de arrendamento de apartamentos com tipologias e características
semelhantes.
É um trabalho exaustivo,
porventura o que demora mais tempo na avaliação
de imóveis. Em bom rigor, o perito
avaliador de imóveis deve calcorrear toda a envolvente para localizar a
oferta, investigar vendas que tenham ocorrido e, depois, transpor para as suas
folhas de cálculo.
O uso de ferramentas informáticas
e eletrónicas é fundamental para a otimização do trabalho, pelo que o uso de um
“tablet” e a ligação à “nuvem” é obrigatório.
Como já referimos anteriormente, em
outros artigos, uma prospeção é um processo. No caso específico deste processo,
tem um antes, um durante e um após. Por isso, a prospeção deve ser preparada
antes de irmos para a rua.
É aqui que se revela muito
importante a ajuda de programas agregadores de informação como, por exemplo, as
ferramentas disponibilizadas pelo REATIA.
A sua importância no nosso trabalho revela-se
em dois níveis distintos:
-Podemos identificar as zonas de
maior atividade no mercado
-Conseguimos, de uma forma
expedita, caracterizar esses mercados, ao nível de oferta.
Por exemplo, num trabalho
realizado na baixa de cidade do Porto (Uf De Cedofeita, Ildefonso, Sé,
Miragaia, Nicolau, Vitória) rapidamente chegamos à conclusão, por exemplo, que
a “yield” implícita na zona de trabalho se situava próximo dos 4%!
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