Notícias para a avaliação de imóveis

A atividade do perito avaliador de imóveis vive de informação atualizada e credível.


Esta informação pode materializar-se a vários níveis, como, por exemplo, informação de mercado e informação para estudo, como parte da formação contínua a que somos obrigados.


João Fonseca | Notícias para a avaliação de imóveis | Perito Avaliador de Imóveis


Esta semana estiveram disponíveis duas publicações de leitura obrigatória:


-Um documento muito interessante sobre a atividade do mercado imobiliário, que também perspetiva o que os “players” pensam do que poderá ser a evolução futura, é o Portuguese Housing Market Survey (PHMS).


A informação veiculada é transversal a todo o mercado residencial, pois é obtida quer de grandes consultoras (p.e. JLL, B.Prime), quer de grandes promotores imobiliários (p.e. Avenue), quer ainda das tradicionais agências de mediação imobiliária.


O último relatório produzido, à data em que escrevemos este artigo, podemos ler, por exemplo, Ricardo Guimarães, Diretor da CI:


“Este inquérito foi realizado antes da invasão russa à Ucrânia. Por isso, o sentimento de mercado refletia sobretudo as perspetivas positivas resultantes do alívio pandémico e o consequente fim ou relaxamento das restrições económicas e sociais. Apesar disso, ainda que os agentes antecipassem que o mercado fosse conduzido pelas pressões da procura, algumas das principais preocupações citadas foram as taxas de inflação e o aumento dos custos de produção, o que limitaria a liquidez da procura e a atividade da promoção imobiliária no futuro. Este é um tópico a ser monitorizado à luz do novo contexto internacional”.


-Num outro nível, de formação contínua do perito avaliador de imóveis, foi disponibilizada a última edição da revista digital “European Valuer”, editada pela TEGoVA.


Nesta edição tivemos o foco em dois artigos, em particular. Um artigo que distingue claramente o que são as bases de valor “valor de mercado” e “valor de investimento” e um outro, que aponta assertivamente os erros que são usualmente cometidos na estimativa da taxa de atualização.


“In this paper, the most common mistakes made by appraisers as well as their consequences are shown through the definition of weighted average cost of capital.”


Só um exemplo:

“Another possible inconsistency refers to the inflation treatment in the cash flow, i.e. whether cash flow is expressed in nominal or real terms. This is a fairly common mistake: real cash flow is used, but the components of the discount rate are expressed nominally and no adjustment for inflation is made.”





 

Sobre o autor

(Este artigo foi elaborado por João Fonseca, perito avaliador de imóveis e perito avaliador de máquinas e equipamentos, registado na CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) com o registo PAI/2010/0019, membro 7313161 do RICS (Royal Institution of Chartered Seurveyors), RICS Registered Valuer, membro da TEGoVA e European Registered Valuer REV-PT/ASAVAL/2023/8, Vogal do Conselho Fiscal, Disciplinar e Deontológico da ANAI  (Associação Nacional de Avaliadores Imobiliários), Membro do Conselho Científico ANAI (Associação Nacional de Avaliadores Imobiliários), da Perito da Bolsa de Avaliadores da Câmara Municipal de Lisboa, Associate Thinker no blogue out-of-the-boxthinking.blogspot.pt. É coautor do livro “Reabilitação urbana sustentável”, ISBN 978-989-8414-10-6. Possui uma Pós-Graduação em “Gestão e Avaliação no Imobiliário” pela Católica Porto Business School e tem o curso de formação em “Avaliação Imobiliária” pela Escola Superior de Atividades Imobiliárias. Tem escritórios na Rua Pinto Bessa, 522, RC, Centro, Esquerdo, 4300-428 Porto e na Rua Visconde de Santarém, 75 C, 1000-286 Lisboa. É formador em avaliação imobiliária na empresa Domínio Binário. A Lei n.º 153/2015 de 14 de setembro regula o acesso e o exercício da atividade e a profissão dos peritos avaliadores de imóveis que prestem serviços a entidades do sistema financeiro nacional.)

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