Global Commercial Property Monitor

O Global Commercial Property Monitor monitoriza os principais indicadores de como se comportam os mercados de investidores e ocupantes de propriedades comerciais, em todo o mundo.


Através de inquéritos, os entrevistados são convidados a comparar as condições dos últimos três meses com os três meses anteriores, bem como a exprimir suas opiniões quanto às perspetivas futuras.


As respostas são agrupadas nos três subsetores imobiliários (escritórios, retalho e industrial), ao nível de cada país, para formar uma leitura de saldo líquido para o mercado como um todo.


É uma publicação do RICS, de caracter trimestral, que pode ser consultada pelo perito avaliador de imóveis de uma forma gratuita. A última publicação refere-se ao quarto trimestre do ano de 2020 e vamos, neste artigo, resumir de uma forma muito sucinta, as principais conclusões.


Relativamente à Europa, as respostas obtidas no inquérito confirmam que os setores de escritórios e retalho estão sob uma grande pressão, com a procura a cair drasticamente, considerando também que o mercado ainda está numa fase descendente. Neste último aspeto, Portugal é mesmo o país europeu mais pessimista, conforme podemos ver no gráfico seguinte:

João Fonseca | Global Commercial Property Monitor | Perito Avaliador de Imóveis
Em sentido oposto, o setor industrial continua a desafiar essa avaliação geral pessimista, levando os entrevistados a elevar as expectativas para o crescimento do valor das rendas e do capital.


As projeções para o crescimento das rendas, nos próximos doze meses, permanecem firmemente negativas para o setor do retalho, tanto em toda a Europa como em cada mercado nacional coberto.


Além do setor do retalho, os hotéis apresentam as expectativas mais fracas de valorização.


Os centros de dados, as estruturas de acolhimento de idosos e as habitações multifamiliares apresentam expectativas positivas para o corrente ano.


Especificamente para Portugal, o sentimento é que os ocupantes de escritórios percebem que podem reduzir o espaço em 20% ou mais com o trabalho em casa.








(Este artigo foi elaborado por João Fonseca, perito avaliador de imóveis e perito avaliador de máquinas e equipamentos, registado na CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) com o registo PAI/2010/0019, membro 7313161 do RICS (Royal Institution of Chartered Seurveyors), RICS Registered Valuer, membro da TEGoVA e European Registered Valuer REV-PT/ASAVAL/2023/8, Vogal do Conselho Fiscal, Disciplinar e Deontológico da ANAI  (Associação Nacional de Avaliadores Imobiliários), Perito da Bolsa de Avaliadores da Câmara Municipal de Lisboa, Associate Thinker no blogue out-of-the-boxthinking.blogspot.pt. É coautor do livro “Reabilitação urbana sustentável”, ISBN 978-989-8414-10-6. Possui uma Pós-Graduação em “Gestão e Avaliação no Imobiliário” pela Católica Porto Business School e tem o curso de formação em “Avaliação Imobiliária” pela Escola Superior de Atividades Imobiliárias. Tem escritórios na Rua Pinto Bessa, 522, RC, Centro, Esquerdo, 4300-428 Porto e na Rua Visconde de Santarém, 75 C, 1000-286 Lisboa. É formador em avaliação imobiliária na empresa Domínio Binário. A Lei n.º 153/2015 de 14 de setembro regula o acesso e o exercício da atividade e a profissão dos peritos avaliadores de imóveis que prestem serviços a entidades do sistema financeiro nacional.)


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