Outras métricas na avaliação de hotéis.

 

A avaliação de hotéis tem sido um tema recorrente neste blogue. Recordo, por exemplo, os seguintes artigos:

-Avaliação de hotéis

Aqui foram abordados os conceitos mais utilizados na avaliação de hotéis, como sejam a taxa de ocupação (OCC- Occupancy), preço médio diário (ADR- Average Daily Rate) e rendimento por quarto disponível (RevPar- Revenue Per Avaiable Room).

-Técnicas de avaliação de hotéis

A técnica designada “Income Capitalization – DCF Approach”, que assume que a unidade hoteleira está 10 anos na posse do proprietário, para cada ano estima o potencial comercial da unidade e o seu resultado operacional e que ao fim dos 10 anos a vende. No fundo, estima para cada ano o EBITDA.

É curioso que esta técnica entra em oposição de outras, em que se procede à atualização do FCFF (Free Cash Flow to the FIRM) e não do EBITDA.

-Múltiplos na avaliação de hotéis

Apresentada a utilização de múltiplos, que é uma técnica de avaliação por comparação, em que assumimos o valor de um ativo com base no valor de ativos semelhantes existentes no mercado. São então calculados índices que traduzem a relação de valor dos ativos com medidas financeiras específicas, como vendas, EBITDA, EBIT ou valor contabilístico.

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Hoje queremos complementar a informação já prestada, com um conjunto de métricas pouco divulgadas, mas que não deixam de ser importantes.

Qualquer perito avaliador de imóveis deve dedicar parte do seu tempo a atividades de formação. Assim sendo, pusemos “pés ao caminho” e inscrevemo-nos na formação organizada pela ASAVAL “Avaliação de Unidades Hoteleiras”, ministrada por Gilberto Martins, economista, Mestre em Turismo e consultor do mercado imobiliário, com particular participação no mercado da hotelaria. Neste momento, é Gilberto Martins é o “Regional Business Development” da CBRE Algarve e “Partner” na Neoturis.

Gilberto Martins chamou a atenção aos alunos do curso para outras métricas muito interessantes na avaliação de hotéis e que não são muito faladas:

-Fair Share, que é o quociente entre o número de quartos disponíveis do hotel e o número total de quartos disponíveis no mercado. Importante para analisar como o hotel se posiciona no seu mercado competitivo.

-Índice de penetração, que é o quociente entre o número de noites vendidas e o número de noite calculadas pelo Fair Share. Aqui podemos verificar qual é a nossa posição no mercado.

-TRevPar, que é a receita total por quarto, incluindo extras como pequeno-almoço, minibar e outros serviços.

-GOPPAR, que é o resultado operacional por quarto disponível.

Existem ainda outros conceitos abordados no curso. De facto, esta formação, que vai na sua quinta edição, está a ser uma experiência interessantíssima.

No fim disto tudo, temos dois concelhos a dar:

-Que a ASAVAL continue com a promover esta formação;

-Que todos os colegas a frequentem!