Sazonalidade na atividade turística
Pensamos não andar longe da verdade ao assumir que no
próximo ano se irá dar uma viragem, em sentido positivo, na atividade
turística. Deste modo estará justificado o regresso a esta temática, abordando
um dos fatores que o perito avaliador de imóveis deve considerar como muito
importante quando pretende proceder à avaliação de um hotel: a sazonalidade.
Este pequeno apontamento é escrito com a ajuda do livro “Introdução
ao Turismo”, ISBN 978-972-757-951-8, da autoria de Licínio Cunha e António
Abrantes.
Os autores definem a sazonalidade como “Desigual
distribuição temporal dos movimentos turísticos ao longo do ano, que se reflete
na desigual intensidade das entradas de estrangeiros das dormidas na hotelaria
e no tráfego de meios de transporte.”
Os autores propõem dois indicadores para avaliar a
sazonalidade, que pode ser estudada a nível do país, de uma região ou mesmo de
uma unidade hoteleira. Esses indicadores são:
-Taxa de sazonalidade (Ts)
Quociente entre as entradas ou dormidas verificadas nos três
meses ou mês de maior concentração e as entradas ou dormidas totais.
-Índice de amplitude sazonal (Ias)
Quociente entre as entradas nos meses de verão e as entradas
nos meses de inverno.
De uma forma um pouco simplista, para Portugal, podemos
afirmar que valores baixos destes índices são positivos, pois não fazem
depender a atividade turística dos meses de verão. Afinal, nós queremos ser
mais que “Sol e praia”.
No pequeno exemplo que se segue, vamos estimar aqueles índices para a Região Autónoma da Madeira, com recurso a informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística, para dormidas nos estabelecimentos de alojamento turístico, para os anos de 2018 e 2019 (pré-pandemia).
É caso para afirmar: bendito clima!
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